1.30.2018

O Relógio da Saudade




O relógio da saudade*
Alexandre Vieira e Antônio Conselheiro

O relógio da saudade
Anda suspenso nas horas
Só quem não ama, não sente
Quando seu bem vai embora

Quando meu bem me visita,
Se estou doente, melhora.
Repito a mesma doença,
Quando meu bem vai embora

Minuto parece hora,
Hora parece um dia,
Dia parece um ano
Quando meu bem vai embora

Voz: Alexandre Vieira
Coro: Débora Dreyer, Jorge Herrmann, Pablo Lanzoni, Suelena Borges
Violão folk: Alexandre Vieira
Weissenborn: Marcio Petracco
Guitarra: Angelo Primon
Teclado: Dany López
Baixo: Filipe Narcizo
Percussões e concepção rítmica: Sebastián Jantos
Bateria e percussões adicionais: Lucas Kinoshita

*Sob poema de domínio público atribuído a Antônio
Conselheiro (Antônio Vivente Mendes Maciel, 1830-1897)

No vai e vem das cordas - com Mario Falcão e Carlos Patrício




No vai e vem das cordas
Alexandre Vieira, Carlos Patrício e Mário Falcão

Perto de mim, pertim d’ocê
Pensando só, mó de sabê
Longe daí, longe daqui
Pra lá de além, no vai e vem

E foi pra já, sem mais depois
De lá pra cá, baião de dois
De déu em déu, de pé no chão
Cheguei ao céu, peguei na mão

Amor desarvorado assim
É bem capaz de dar de si
De tardezinha o sol
Alvorecer

As cordas vibraram no universo
Criando a vontade de existir
Brilhando mais forte num desejo
Vertente do meu amor por ti

As cordas no véu da eternidade
Se lançam no espaço feito vento
Areia que voa no deserto
E pousa na imensidão do tempo

As cordas no vão do pensamento
Se enredam na profusão de nós
As cordas vocais do firmamento
Ressoam no tom da minha voz

Dez cordas soaram nos meus dedos
No colo envolvente da viola
No braço que enlaça o meu abraço
O corpo que canta, encanta e chora

Se eu tenho dez dedos pra tocar
As cordas têm mais de mil razões
Frequências que vão harmonizar
Uma infinidade de afinações

Voz: Mário Falcão, Carlos Patrício e Alexandre Vieira
Guitarra e viola de 10 cordas: Angelo Primon
Teclado: Dany López
Baixo: Filipe Narcizo
Bateria e percussão: Lucas Kinoshita

1.09.2018

Tao e qual - com Jaqueline Marques


Tao e qual
Alexandre Vieira e Carlos Patrício

Eu aqui
Quase a levitar
Nem sequer sentindo os pés no chão
Deixo a luz fluir
Vejo o som brilhar
Ao ouvir bater meu coração

Mergulhei
Num vazio sem fim
Sem buscar qualquer explicação
Não há que entender
Somente aceitar
E acolher a luz que vem da escuridão

Viajar
Ao além do céu
Onde não há tempo nem lugar
Água a escorrer
Fogo a consumir
Renascer das cinzas e voar

Transcender
Ser o que não há
Dentro dos limites da razão
Há que se perder
Retornar ao pó
Na lava azul do mar da criação

Voz: Alexandre Vieira e Jaqueline Marques
Piano: Jean Presser
Guitarra: Angelo Primon
Violão folk: Alexandre Vieira
Órgão Hammond: Alexandre Fritzen
Baixo: Filipe Narcizo
Bateria: Lucas Kinoshita